quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O início da minha vida de piloto

Com esse Dodge, minha empolgação com o V8 foi tamanha que resolvi ser piloto de corridas e comecei a correr no Campeonato de Hot Dodge Centro Oeste, com pilotos de Brasília e Goiás. Comprei um outro Dodge, um Charger 76, e o transformei em carro de corrida.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Meu primeiro grande negócio

Vivi muitas histórias no meu TL. Além disso, ele era objeto de desejo de muitos outros apaixonados por carros.
Um deles era proprietário da Monza Veículos, na época uma das maiores revendas de carro de Brasília, e de um Dodge Magnun 1979/80 branco, perfeito, e que queria dar o TL de presente de aniversário de 18 anos para seu filho Rômulo, que também era doido pelo carro. Fez de tudo pra comprar, mas sabia do valor sentimental que tinha pra mim e pra minha família. Mesmo assim ele não desistiu.

Na época, meu pai era proprietário de uma imobiliária que ficava em frente à Monza. Um dia esse cara estava com alguns amigos em frente à revenda e eu passei pra encontrar meu pai, que estava na calçada. O cara era tão doido pelo TL que gritou pra mim:
"-Quer trocar?" E apontou pro seu Dodge.
"-Eu quero", respondi na hora e dali mesmo estiquei a mão pra fechar o negócio.
Ele deu uma engasgada, e um dos amigos comentou:
"-Você não vai mijar pra trás no negócio com esse menino não, né? (afinal de contas eu tinha meus 18 e ele seus 50 e poucos anos)
Aí ele respondeu:
"-Não. Não vou não."
E me estendeu a mão.

Foi assim que realizei meu primeiro grande negócio!


O único problema é que, ao saber da notícia, minha mãe e minha avó choraram muito. Afinal era uma herança do meu avô, e todos tinham um apego enorme ao carro. Até minhas irmãs, que nem entenderam direito o que tinha acontecido choraram naquele dia! Ainda bem que meu pai me consolou dizendo: "Larga pra lá. O negócio foi bom!"

Esse Dodge foi meu primeiro V8, o que me fez ficar ainda mais apaixonado por esse motor! Era a maior sensação sair com ele, sem contar que, em plena crise do petróleo, sair com um carro daquele era muito mais que tirar onda!!!

Lembro que, no dia em que fui abastecer o carro, eu e meu pai fomos encher o tanque de 100 litros!!! O frentista olhou pra mim e disse: "Meu filho, esse tanque cheio é o valor do meu salário do mês!". Nunca vou me esquecer dessa cena e do que eu senti... Na verdade até hoje não sei bem, mas foi um misto de orgulho com vergonha.
Mais de orgulho, tenho que confessar...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Meu primeiro carro

Como eu disse, quando eu tinha 17 anos, meu pai comprou um Passat TS 1979 e acabei ficando com o Fusca 1500 Ocre Marajó 1973. Eu o considerava meu, pois era quem o usava, embora na verdade fosse do meu pai.
Neste mesmo ano meu avô faleceu e eu herdei o TL 1972 dele. ESSE foi meu primeiro carro!

No mesmo dia que o ganhei, coloquei 4 rodas palito com pneus Pirelli P6 195/60-14, e fiz várias outras alterações, gastando nele o valor equivalente a outro carro, eu imagino!
Só pra ter uma idéia, coloquei buzina a ar Fiam; teto solar de Karmann Ghia; jogo de bancos Procar 12; Voltímetro; Amperímetro; Conta Giros; Vacômetro; Volante F1; toca fitas TKR cara preta com equalizador Tojo GR 1.000; descarga de Puma; catraca de suspensão na dianteira para baixar (abaixei a traseira); farol de milha Sibier Serra 2; pintei todos os frisos cromados na cor do carro (azul diamante); pintei o forro de teto de preto; fiz um console e um tampão de som na traseira com dois auto-falantes 6x9 e dois twiter Selene1, de ferro. Nas portas dianteiras, instalei 2 auto-falantes 6" Triaxial.
Não é a toa que a galera ficava doida pelo carro! Apesar de ter dado muitos rolés nele e curtir bastante com os amigos, eu vivia cuidando, lavando todo dia, tomando cuidados mil pra que ele não se sujasse. A ponto de deixar de sair com a namorada em dias de chuva!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Infância e adolescência

Meu pai sempre teve muitos carros, mesmo nos tempos difíceis. Tenho lembrança de todos eles, embora alguns tenham me marcado mais, como o Dodge Dart 75 2 portas, 4 marchas , com ar e direção. Meu pai o adquiriu quando comprou uma casa de praia e ficou apertado.


Apesar disso, algumas das minhas melhores lembranças eram as viagens de Brasília a Guarapari, umas 3 vezes por ano. Foi aí que nasceu minha paixão pelo motor V8!

Também sempre fui louco por Landau, e meu pai teve vários! Inclusive um LTD impecável que pertenceu a um Senador e que, apesar de muito lindo, me deixou desapontado.
Eu tinha 15 anos e meu pai me disse que havia comprado um Landau 1976. Eu, como bom entendedor de Landaus, tinha o sonho (na verdade tenho até hoje) de ter um Prata Continental, com teto de vinil Prata, e achei que meu pai tinha comprado esse. Qual não foi minha decepção quando cheguei ansioso da escola, entrei no elevador do prédio, apertei o SS, fui direto pra garagem ver meu sonho ser realizado e encontro... um LTD MARROM, com teto de vinil PRETO!!! Eu esperando o carro de luxo dos meus sonhos e vem um intermediário. Até hoje lembro desse dia com um aperto no peito. Vai ver por isso detesto a cor marrom até hoje!


(Olha a diferença!!!)

Depois desse, meu pai teve um Landau 79 Cinza Executivo (igual ao que tenho hoje), um 81 Azul Clássico Metálico. Inclusive, o último Landau do meu pai foi um 82, também Azul Clássico Metálico.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Minha Paixão - Como tudo começou

Ninguém sabe ao certo como tudo começou. Nem mesmo eu...

Talvez tenha sido mesmo no outono de 1965, quando minha mãe, D. Regina, me colocou no berço, em meu quarto todo decorado com carrinhos. Ou talvez tenha sido pouco depois, durante as viagens que minha família fazia para todos os lugares a bordo de Corcel, Dodges, Landaus, Karmanns Ghia TC, e eu prestava atenção a cada movimento do meu pai na direção...




Uma coisa é certa: no dia em que meu pai me colocou no banco do motorista de um Passat LS 1975, nos idos de 1976, eu sabia exatamente o que fazer. Lembro como se fosse hoje! Para surpresa do Sr. Píndaro, meu pai, eu engatei a primeira e saí mansinho, mansinho, e andei por todo o sítio da família, em Lusiânia, GO. Estava com 11 anos.

Se é difícil definir o começo da minha paixão por carros, minha paixão por carros antigos é um pouco mais fácil: meu pai, que sempre gostou e possuiu carros do ano, estava em dificuldades financeiras e buscava oportunidades melhores. Por isso minha família toda se mudou de Juiz de Fora para Brasília, no dia 04 de julho de 1973. A viagem foi feita a bordo de um Chrysler Imperial 1947. Durante o caminho, vimos vários carros novos enguiçados à beira da estrada, e nosso "velhinho" firme e forte, do alto dos seus 26 anos! Lembro que meu pai ficou impressionado com a resistência do carro, e eu, irremediavelmente apaixonado!

Com o passar do tempo, minha família se estabeleceu em Brasília e meu pai foi trocando seus carros por modelos cada vez mais novos: um Aero Willys 69 branco, um Itamaraty 68 preto (perfeito!!!) até chegar ao Passat LS 1975 0Km. O da minha primeira vez!

A partir daí, ele passou a trocar de carro cada vez com mais frequência: Caravan 1976, Caravan Comodoro 1978 0Km, Dodge 78 e 79, Landau 81, 82 e 83. E, em todos esses anos, durante a crise do petróleo, fazia dobradinha com vários outros carros. Durante a semana usava o econômico, pra curtir o de passeio durante os finais de semana e nas viagens longas. Foram Chevettes, Fuscas e outros carros mais econômicos, sendo o último um Fusca 1500 Ocre Marajó 1973. Quando ele pôde comprar um Passat TS 1979 0Km, eu passei a usar esse Fusquinha. Eu tinha 17 anos.